Não gostei e vou contar

Bem, como já havia dito antes, saímos de férias!

O lugar escolhido não poderia ter sido melhor: fomos experimentar - pela primeira vez! - um hotel/resort no nordeste. Traduzindo; cenário perfeito para o descanso perfeito.

Maravilha: hotel garantido com sistema all-inclusive, vôo saindo de RAO diretão para capital mais próxima da praia onde nos instalamos, traslado em micro-ônibus com ar-condicionado e receptivo realmente dispoto a nos ajudar. Bom, até aí, tudo certo; não fosse por alguns tremendos desgostos com a companhia aérea, que só pra exercer meu direito à liberdade de expressão e para servir de "puxão de orelha" para o SAC da mesma , vou contar o ocorrido.

A primeira grande mancada da Cia. foi embarcar todos os passageiros na aeronave modelo "x", com capacidade para "n" pessoas, nos mandar para o destino e simplesmente não despachar nossas bagagens no mesmo vôo - sabe-se lá por que! Costumo viajar com frequência, mas confesso que nunca havia passado pelo desgosto de sair do aeroporto apenas com a roupa do corpo e meus pertences de mão. Agora posso dizer: é a situação mais chata que poderia acontecer nas suas férias, assim, logo de cara! Frustrante! A informação dada era que nossas bagagens chegariam em outra aeronave, de outra empresa, e seguiriam direto para nosso hotel, localizado em outra cidade, dentro de aproximadamente 7 ou 8 horas. Certo! Mas e a gestante aqui? Como fica? Passando o maior calor de fevereiro, de frente pro mar, sem ter ao menos um par de chinelos? E as vitaminas pro baby, que estavam na nécessaire, dentro da mala? E o maridão; de calças jeans, tênis e camisa pólo nas areias do Nordeste? Isso ninguém me respondeu.

Como o que não tem remédio, remediado está, resolvemos entrar no clima "Xô, aperreio". Nos viramos como pudemos e esperamos nossas malas, que só apareceram no hotel por volta das 9 da manhã, do dia seguinte, claro - sem comentários!

Passado o trauma da chegada, lá vamos nós para a aventura da volta; depois de descobrir que nosso vôo sofreria um atrasado de 3 horas, já no caminho para o aeroporto - mais uma surpresinha legal... impressionante! No hora do check-in, me aparecem com a última e mais incrível das decepções: quando solicitei o acento preferencial para gestantes, fui informada que ninguém havia comunicado a maldita companhia sobre a presença de uma portadora de necessidades especiais no vôo e, por isso, o lugar já estava ocupado. Ah, não! Aí, já é palhaçada! Informar a minha presença pra quem, minha filha? Se eu vim com vocês, tenho que voltar com vocês também, oras! Quer dizer que é sempre assim; chega um cadeirante / idoso / gestante para embarque imediato, e a empresa comunica, com todo sua responsabilidade social, que já passou o acento dele pra outra pessoa, sem ao menos aguardar o total preenchimento dos outros lugares disponíveis? Gente! Pessoas com necessidades especiais REALMENTE têm necessidades especiais! Alguém tem que explicar isso pra esse povo!

E para falar com essa Cia. aérea? Outra batalha! O 0800 do SAC diz a tradicional frase: "Bem-vindo a nossa central de atendimento ao cliente. Para fazer reservas de passagens, tecle 1. Para reclamações (e etc.) aguarde para falar com nossos atendentes." E divinha o que acontece? A ligação cai... óbvio! O chat de atendimento on line é extremamente lento, e pelas informações da minha agente de viagens - que está tentando me ajudar - será muito trabalhoso e burocrático conseguir qualquer tipo de reembolso por parte da empresa, até mesmo para as despesas de urgência que fomos obrigados a fazer na lojinha do hotel.

Bom, depois de contar tudo isso, sinto-me na obrigação de mandar esse recadinho: não vou dizer "nunca mais", mas espero que minha próxima experiência de viagem seja bem melhor com essa tal companhia aérea, uma empresa que como diz no próprio site: "investe continuamente em tecnologia, segurança e melhorias que possam fortalecer a cada investimento seus objetivos de excelência no atendimento ao cliente."

E prometo que volto aqui para dar boas notícias, caso essa história tenha um final feliz... Para isso, oremos!